Sessão confirma política de estabilidade e reforça autonomia do Legislativo estadual
Na manhã desta terça-feira (26), a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) elegeu a nova Mesa Diretora para o biênio 2025-2026. Em chapa única e com votação aberta e nominal, o deputado Adriano Galdino (Republicanos) foi reeleito presidente da Casa Epitácio Pessoa. A sessão contou com participação presencial e remota, destacando a integração digital no processo legislativo.
Cinco deputados – Anderson Monteiro (MDB), Danielle do Vale (Republicanos), Dr. Romualdo (MDB), João Paulo Segundo (PP) – exerceram o direito de voto de forma online. Já o deputado Wallber Virgolino, ausente por participar de uma audiência, justificou sua falta.
Compromisso com diálogo e independência
Em seu discurso de reeleição, Adriano Galdino reafirmou os princípios que nortearão sua nova gestão: diálogo, estabilidade e defesa da autonomia legislativa. “Continuar o trabalho de diálogo, de tranquilidade, de contribuir, de produzir, para que a gente possa, cada vez mais, construir uma Paraíba mais justa para todos”, destacou.
Embora alinhado ao governo estadual, Galdino reforçou sua postura independente. “Sou um deputado da base do governo, acredito na gestão do governador João Azevêdo, que faz uma gestão diferenciada na Paraíba, mas todos sabem que não sou subordinado a ninguém. Tenho minhas convicções próprias como deputado, e, na função de presidente, continuarei defendendo o Poder Legislativo”, afirmou.
A sessão marcou o fortalecimento do clima de estabilidade política e administrativa na ALPB, com o presidente apontando que priorizará a integração entre os parlamentares e o apoio a iniciativas que impulsionem o desenvolvimento da Paraíba.
Mudança no calendário eleitoral
A eleição desta terça-feira também refletiu ajustes necessários em função de recentes decisões judiciais. A ALPB precisou adequar o calendário eleitoral para atender ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que determina que eleições para o segundo biênio das legislaturas só ocorram após outubro do ano anterior ao início do mandato.
A alteração foi aprovada após questionamento da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a antecipação do pleito, realizado originalmente em fevereiro de 2023. “Precisávamos nos adequar às decisões judiciais para garantir a legalidade e a legitimidade do processo eleitoral”, explicou Adriano Galdino.