Na manhã desta sexta-feira, 18 de julho de 2025, a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cumprindo mandados de busca e apreensão autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As diligências acontecem na residência de Bolsonaro, em Brasília, e em endereços ligados ao Partido Liberal (PL).
A defesa de Bolsonaro confirmou a operação, que integra a Operação Contragolpe, investigação que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Bolsonaro já é réu no STF, acusado de organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito.
Tornozeleira eletrônica, prisão domiciliar e redes sociais bloqueadas
Além dos mandados, o STF impôs medidas restritivas inéditas ao ex-presidente:
Uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, com monitoramento 24 horas por dia.
Prisão domiciliar parcial, das 7h às 19h, período em que Bolsonaro não poderá deixar sua residência sem autorização judicial.
Proibição de uso e acesso às redes sociais, medida que visa evitar a disseminação de mensagens que possam tumultuar o processo investigativo ou mobilizar apoiadores.
As medidas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, que destacou, em sua decisão, o risco de fuga e de interferência nas investigações, especialmente diante de informações de que Bolsonaro cogitava pedir asilo no exterior.
Detalhes da operação
Além da residência oficial, a PF cumpre mandados em endereços de aliados próximos e no escritório do Partido Liberal. O clima em Brasília é de alta tensão política, com manifestações de apoiadores e críticos sendo organizadas nas redes — embora Bolsonaro esteja proibido de se manifestar por elas.
Contexto
A Operação Contragolpe mira núcleos responsáveis por disseminação de fake news, articulação de atos antidemocráticos e supostas tentativas de cooptação de agentes públicos e militares. A investigação busca mapear também fontes de financiamento dessas ações.