Senador paraibano do União Brasil questiona medidas restritivas impostas pelo STF e reforça aproximação com o bolsonarismo.
O senador Efraim Filho (União Brasil-PB) se manifestou publicamente, na noite desta segunda-feira (4), contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs prisão domiciliar, uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Por meio das redes sociais, o parlamentar classificou a decisão como “desproporcional” e afirmou que a medida representa um desrespeito aos direitos fundamentais e garantias legais asseguradas a qualquer cidadão. “Censura, tornozeleira eletrônica e prisão domiciliar sem nenhuma condenação definitiva. Enquanto condenados na Lava Jato são colocados como inocentes”, escreveu o senador.
A decisão do ministro Moraes foi tomada no âmbito do inquérito que investiga sucessivas tentativas de obstrução da Justiça por parte de Bolsonaro e de aliados, incluindo ações articuladas nos Estados Unidos por seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O caso inclui suspeitas de vazamentos de informações sigilosas e tentativas de influenciar ou interferir em investigações conduzidas no Brasil.
A manifestação de Efraim ocorre em meio à sua crescente aproximação com o bolsonarismo, movimento que pode ter reflexos diretos no cenário eleitoral da Paraíba em 2026. O senador tem reforçado o discurso conservador e se alinhado a pautas defendidas por lideranças da direita.
Críticas ao STF e à atuação do ministro Alexandre de Moraes têm se intensificado entre parlamentares e apoiadores do ex-presidente. O episódio revela mais um capítulo na escalada de tensão entre o Judiciário e setores da direita política, que acusam a Corte de atuar de forma seletiva e excessiva.