Anistia do 8 de janeiro: veja como votaram os deputados da Paraíba

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Projeto de anistia avança na Câmara e expõe divisão entre parlamentares paraibanos

A proposta de anistia a envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro deu um passo decisivo na Câmara dos Deputados. Na última quarta-feira (17), os parlamentares aprovaram o regime de urgência da matéria, permitindo que ela vá direto ao plenário, sem a análise das comissões. O placar nacional foi de 311 votos a favor, 163 contra e sete abstenções — e a bancada da Paraíba refletiu o embate político que toma conta de Brasília.

Dos 12 deputados paraibanos, oito votaram a favor da urgência, três se posicionaram contra e um se absteve.

Como votaram os parlamentares da Paraíba:

A favor da urgência:

  • Aguinaldo Ribeiro (PP)

  • Cabo Gilberto Silva (PL)

  • Mersinho Lucena (PP)

  • Romero Rodrigues (Podemos)

  • Ruy Carneiro (Podemos)

  • Wellington Roberto (PL)

  • Wilson Santiago (Republicanos)

Contra a urgência:

  • Luiz Couto (PT)

  • Gervásio Maia (PSB)

  • Damião Feliciano (União Brasil)

Abstenção:

  • Hugo Motta (Republicanos), presidente da Câmara, que conduziu a sessão

O texto em questão, de autoria do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), pretende anistiar manifestantes e apoiadores de atos políticos ocorridos entre 30 de outubro de 2022 e a entrada em vigor da lei. Crimes como homicídio, tortura, terrorismo e doações superiores a R$ 40 mil não estariam contemplados.

Agora, a Câmara se prepara para debater o mérito do projeto nas próximas semanas, sob a tensão de uma disputa que opõe aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro — que pressionam por uma anistia ampla — ao governo federal e a setores que consideram a proposta uma ameaça à democracia.

A discussão sobre a anistia vai além do jurídico. Para críticos, perdoar crimes ligados a ataques ao Estado de Direito sinaliza tolerância com o golpismo e enfraquece os pilares democráticos. Para apoiadores, trata-se de um ato necessário à pacificação política.

Independentemente do desfecho, a votação será decisiva: mostrará até onde o Congresso está disposto a ir na reinterpretação das responsabilidades do 8 de janeiro — e que tipo de recado o país envia a quem desrespeita a Constituição.

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