A Justiça autorizou o enterro, mas a investigação ainda não foi concluída; pais eram estudantes de medicina.
O corpo de um bebê encontrado morto em março de 2023 dentro de uma lixeira no bairro de Intermares, em Cabedelo, permanece no Instituto Médico Legal (IML) de João Pessoa há quase dois anos sem ter sido reclamado por familiares. O caso, que gerou grande repercussão, segue sem desfecho, enquanto a Justiça aguarda a conclusão do processo para autorizar o sepultamento.
O chefe do Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) de João Pessoa, Flávio Fabres, confirmou a situação em entrevista ao programa Conexão Clube Tambaú , do Clube FM . Segundo ele, foi solicitada solicitação judicial para enterrar a criança, mas o juiz determinou que o corpo permanecesse sob custódia do IML até o encerramento da investigação. “Enterrar é de dignidade. Não podemos deixar o corpo exposto a condições desumanas. O juiz autorizou, mas pediu para aguardarmos a conclusão do processo judicial. O corpo ainda está guardado conosco”, afirmou.
Perícias confirmaram que o bebê estava vivo antes de ser abandonado. Segundo Fabres, foi realizado um exame de dosimásia pulmonar, que verifica se houve respiração, e o resultado apontado que a criança chegou a respirar antes de morrer. O bebê, com aproximadamente cinco meses de gestação, foi encontrado sem vida em uma lixeira, e o envolvimento dos pais, que eram estudantes de medicina, trouxe ainda mais complexidade ao caso.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o corpo foi deixado no local, mas, mesmo com repercussão, nenhum familiar compareceu ao IML para reivindicá-lo. Em março de 2025, o caso completará dois anos sem solução definitiva.
