Médico Fernando Paredes Cunha Lima foi condenado a mais de 22 anos de prisão e permanece preso em João Pessoa
O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) cassou, por unanimidade, o registro profissional do pediatra Fernando Paredes Cunha Lima, condenado pela Justiça a 22 anos e 8 meses de prisão por estupro de vulnerável. A decisão foi tomada na noite desta quarta-feira (13), durante julgamento realizado pela entidade.
O médico, que está preso, compareceu à sessão escoltado, em cadeira de rodas e utilizando muletas. A defesa ainda pode recorrer ao Conselho Federal de Medicina (CFM).
Condenação judicial
Fernando Cunha Lima foi condenado em julho deste ano por estupro de vulnerável contra duas crianças, após denúncia oferecida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB). A sentença foi proferida pela juíza Virgínia Gaudêncio de Novais, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, que determinou o cumprimento da pena em regime inicial fechado. O réu está detido na Penitenciária Especial do Valentina, na Capital.
Em relação a outras duas vítimas citadas no processo, o réu foi absolvido por falta de provas suficientes. O MPPB avalia a possibilidade de recorrer dessas absolvições.
Indenização às vítimas
Além da condenação criminal, a Justiça determinou que o médico pague indenização por danos morais de R$ 100 mil a cada uma das duas vítimas, totalizando R$ 200 mil. O valor deverá ser corrigido monetariamente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acrescido de juros de 1% ao mês a partir da data do crime. A execução da indenização poderá ser promovida no juízo cível após o trânsito em julgado.