Sindicato denuncia insegurança e ameaça protestos caso pagamento não seja efetuado
Pelo quinto mês seguido, os servidores da Secretaria de Saúde de Campina Grande chegaram ao prazo limite para o pagamento dos salários sem a remuneração creditada. Nesta quinta-feira (06), o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab) denunciou que a situação virou rotina na gestão do prefeito Bruno Cunha Lima (União) desde novembro do ano passado, gerando insegurança entre os trabalhadores.
“A situação se tornou uma constante e preocupante. Desde novembro temos enfrentado esses atrasos e o problema persiste. O temor é que a prefeitura não consiga mais pagar os salários e os atrasos se acumulem, como já ocorreu no passado”, alertou Franklin Ikaz, presidente do Sintab.
Segundo o dirigente sindical, o secretário de Saúde, Dunga Júnior, prometeu iniciar os pagamentos ainda nesta quinta-feira. No entanto, até as 10h da manhã, nenhum servidor havia recebido os vencimentos. Caso o pagamento não seja efetuado até o fim do dia, a categoria ameaça realizar um protesto na próxima segunda-feira (10).
Além dos atrasos, o Sintab também denuncia a precarização dos pagamentos para servidores que recebem um salário mínimo (R$ 1.518,00). De acordo com o sindicato, parte do valor é depositada posteriormente como uma complementação, prejudicando os trabalhadores, especialmente aqueles que têm direito ao adicional de insalubridade, que ainda está sendo pago com base no salário mínimo do ano passado.
Atrasos recorrentes e justificativas da Prefeitura
Os atrasos salariais não são novidade para os servidores da Saúde. Em fevereiro, a Prefeitura de Campina Grande informou que só efetuaria os pagamentos no quinto dia útil para servidores efetivos, alegando necessidade de uma nova rubrica bancária devido à falta de repasses do Governo Federal.
Diante da recorrência do problema e da falta de uma solução definitiva, os trabalhadores seguem em estado de alerta, cobrando transparência e regularidade nos pagamentos.