Quase 38 mil centenários no Brasil, com maior concentração em grandes metrópoles

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Censo 2022 mostra São Paulo no topo das cidades com mais pessoas com 100 anos ou mais; Nordeste lidera em números absolutos.

 

O Brasil chegou ao ano de 2022 com 37.814 pessoas com 100 anos ou mais, segundo o Censo do IBGE. O número representa um crescimento expressivo de 67% em comparação a 2010, quando eram 22.700 centenários. Além disso, a maioria permanece ser formada por mulheres, com estatísticas apontando 27.244 mulheres centenárias contra 10.570 homens.

No cenário estadual, a Bahia aparece à frente, com 5.336 centenários, seguida por São Paulo (5.095) e Minas Gerais (4.104). A região Nordeste concentra quase metade desses centenários – cerca de 16.300 pessoas –, enquanto o Sudeste e o Sul registram grandes contingentes absolutos, com o Rio Grande do Sul destacando-se pela alta proporção de idosos na população total.

A análise por município revela que as maiores metrópoles também concentram os maiores números absolutos de centenários. Em São Paulo, há 1.761 centenários, o maior contingente do país por cidade, seguido por Rio de Janeiro (1.390), Belo Horizonte (652) e Salvador (516). Outras cidades com destaque incluem Fortaleza (434), Recife (338), Porto Alegre (325), Belém (307), Brasília (300) e São Luís (264)

Mas as pequenas cidades também marcam presença quando se observa a proporção de centenários na população local. Municípios como Entre Rios (SC), com 12 pessoas centenárias em uma população de apenas 3.402 habitantes (0,35%), e Campinápolis (MT), com 42 centenários entre seus 15.347 habitantes, aparecem no topo do ranking proporcional

O fenômeno do envelhecimento acelerado no país, impulsionado por melhorias no acesso à saúde, saneamento básico e queda na mortalidade infantil, traz à tona desafios significativos. O aumento dos centenários intensifica a pressão sobre os sistemas de previdência e saúde pública, demandando reformas e políticas focadas em atendimento de longo prazo, medicamentos, cuidados especializados e garantia de qualidade de vida para os idosos.

O Censo 2022 mostra, assim, que o envelhecimento no Brasil acontece em duas frentes: concentrações expressivas em grandes centros urbanos e uma presença crescente em cidades menores. Esse panorama reforça a urgência de adaptações estruturais por parte dos governos estaduais e municipais, com foco na longevidade digna e sustentável para todos os brasileiros.

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